Blogue de NELSON S. LIMA

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Os sobredotados e o pensamento crítico

Entre os vários tipos de pensamento muito frequentes nas crianças sobredotadas destaca-se o chamado "pensamento crítico". Não se trata da disposição para criticar por criticar mas é algo mais complexo e que, quando bem construído, destaca as crianças sobredotadas das crianças comuns, menos habilidosas nestes domínios da arte de raciocinar.
O pensamento crítico reflecte o modo como as pessoas percepcionam o mundo e envolve, entre outras aptidões, a capacidade de fazer "juizos" de tal modo que criticar é exercitar o julgamento sobre algo. Tem igualmente a ver com "analisar", "classificar", "conceptualizar", "deduzir", "diferenciar", "interpretar", "investigar", "ponderar", "questionar", "ser céptico", "tirar conclusões", etc.
Na verdade, o pensamento crítico, muito pouco promovido nas nossas escolas, não é um processo mecânico mas uma parte inseparável do pensamento que pode ser melhorado. A avaliação crítica daquilo que se aprende nas aulas raramente é admitida no ensino formal onde se espera que os estudantes aceitem como verdadeiro o que lhes é dito e muito raramente são encorajados a questionar os ensinamentos recebidos.
Os sobredotados com melhor disposição para o pensamento crítico podem ser demolidores e desconfortáveis para os professores que nem sempre aceitam ser questionados e muito menos admitem a "arte da dúvida". Muitas crianças apresentam uma capacidade crítica muito desenvolvida, levantam questões novas e embaraçam os professores. É um dos motivos por que muitos professores, menos preparados ou menos pacientes, não apreciam a ideia de poderem ter na sala de aula algum sobredotado, especialmente aqueles mais "académicos" ou "científicos", em geral mais "ferozes" no uso da crítica.
Isto não faz dos sobredotados pessoas populares mas é preferível a terem de se sujeitar ao conformismo passivo.