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O CÉREBRO DOS SUPERDOTADOS


O cérebro de crianças superdotadas amadurece mais tarde?

Recentemente uma equipa de neurologistas liderada por Philip Shaw, do Instituto Nacional de Saúde Mental, em Bethesda (em Maryland, Estados Unidos), concluíram que a inteligência pode estar mais relacionada com o desenvolvimento do cérebro na adolescência do que propriamente ao seu tamanho.

Numa experiência conduzida por Shaw compararam exames de ressonância magnética por imagens para demonstrar que o cérebro das crianças com QI elevado tem um padrão de desenvolvimento diferenciado. Foram acompanhadas 307 crianças e jovens entre 5 e 19 anos.

No início da investigação eles foram divididos em três grupos, segundo o desempenho que alcançaram no teste de QI: jovens com QI elevado (ou sobredotados), jovens com QI mediano e, por fim, os menos dotados.

Para acompanhar a evolução do estudo, a cada dois anos foi realizada uma nova ressonância magnética. Resultados: nas crianças com QI elevado, o córtex cerebral, a princípio, se mostrou mais fino e, depois, engrossou rapidamente. 

Seu auge ocorreu entre os 11 e 12 anos, antes que voltasse a se contrair de forma repentina na adolescência. Esse padrão de desenvolvimento não condiz com o que em geral acontece. Em média, o córtex cerebral atinge sua espessura máxima quando a criança chega aos 8 anos. O córtex, a camada mais externa do cérebro, é o centro de várias funções nervosas elaboradas como os movimentos voluntários.

Segundo os investigadores, as mudanças são subtis e ainda reservam alguns mistérios, pois nada explica o que leva uma criança a ter um córtex mais grosso ou mais fino. A experiência é mais uma a confirmar que, tratando-se de cérebro, tamanho não é o mais importante. Um órgão maior não significa necessariamente mais inteligência. O que importa mesmo é a sua organização interna e como ocorrem as conexões entre as áreas cerebrais.

Estas conclusões merecem ainda mais investigações.