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APOIO AO SOBREDOTADO NA ESCOLA

O talento na escola exibe e explicita nos estudantes a capacidade de entender e aprender. Todos os professores agradecem a chegada de crianças talentosas pois as suas actividades intelectuais coincidem com o plano de desenvolvimento curricular previsto. Mas em algumas oportunidades existem alguns alunos cujas condições excepcionais provocam incertezas e também dificuldades na tarefa do ensino. Neste contexto, muitos dos alunos sobredotados e talentosos não identificados são “catalogados” como imaturos socialmente e emocionalmente.

Assim, tem-se constatado que uma educação que não se esforce por se adaptar a tais condições pessoais pode provocar desinteresse pelos estudos e desmotivação geral já que os procedimentos pedagógicos utilizados na aula geralmente não são os adequados à rapidez de raciocínio e capacidade de abstração destes alunos.

No entanto, ante estes questionamentos vale perguntar-se: - o que entendemos quando mencionamos os sujeitos sobredotados e talentosos?

A “sobredotação” é uma capacidade geral composta de factores intelectuais significativamente mais altos que o grupo médio e o “talento” é considerado como uma capacidade particular em um determinado aspecto cognitivo ou destreza condutual. A estas características somam-se factores não intelectuais (dedicação, força pessoal, vontade de fazer sacrifícios) e factores ambientais (ressonância positiva familiar e escolar).

As potencialidades destas crianças podem declinar se carecerem de apoio cultural e familiar já que ambos são factores decisivos para seu desenvolvimento integral.

O ambiente cultural em relação à escola deve proporcionar uma educação na qual se desenvolvam as habilidades próprias de cada criança e o ambiente familiar deve favorecer um clima de apoio social e emocional.

Conhecendo esta realidade, devemos assumir o desafio de construir uma educação diferente, encaminhada à flexibilização e intervenção escolar destas crianças e jovens através de:
- enriquecimento que pode ser curricular e/ou extracurricular, contemplando atividades elaboradas para ampliar e desenvolver o conhecimento, a compreensão, os processos, as habilidades, os interesses, etc., além do programa nuclear do sistema educativo;
- aceleração, onde o estudante possa avançar em um ou vários cursos que lhe ofereçam um contexto curricular apropriado às suas capacidades, tendo em conta a idade mental e não a cronológica;
- a integração, que pretende satisfazer as necessidades intelectuais, sociais, físicas, e emocionais em aulas regulares, com colegas de idades similares sem maiores necessidades educativas, junto com materiais de apoio apropriados, e outras formas de intervenção como a agrupação que reúne os estudantes de acordo com suas capacidades, oferecendo programas educativos adequados ao seu nível; e
- a educação no lar (homeschooling) usada directamente pelas famílias para educar seus filhos fora do ambiente escolar.

Na maioria dos países as crianças sobredotadas encontram-se dentro de um sistema educativo que não contempla a sua atenção. Por isso existe a necessidade da formação profissional especializada para os educadores a fim de poder atender as demandas relacionadas com procedimentos e instrumentos de identificação, avaliação e intervenção (procedimentos condutuais, cognitivos e psico-sociais mais eficazes neste tipo de população), assim como o assessoramento psico-pedagógico que a escola deve proporcionar à família.

Silvia V. Gallegos (adaptado)
Docente Investigador do Instituto Universitário da Ibero-América para o Desenvolvimento do Talento e da Criatividade. Universidade Técnica Particular de Loja. Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento do Pensamento.