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Definições

As diferenças entre sobredotados,
talentosos, prodígios e génios!

Não é preciso socorrermo-nos de métodos científicos sofisticados para percebermos que existe uma percentagem não desprezível de indivíduos que nascem dotados de algumas particularidades que os tornam, efectivamente, diferentes da maioria. No que concerne às crianças dotadas de capacidades excepcionais a questão constitui, porém, um problema científico cuja compreensão está ainda longe de alcançar-se.

Alguma terminologia tem sido usada para estes indivíduos. Podemos aqui recuperar quatro: o sobredotado; o talentoso; o prodígio e o génio. Quais as diferenças que os psicólogos detectam entre estas categorias?


O termo sobredotado aplica-se geralmente à criança que manifesta uma capacidade intelectual acima da média desde bastante cedo na vida quando comparada com outras da mesma idade e da mesma cultura. Frequentemente usa-se o Quociente de Inteligência como medida que estipula uma fronteira entre os sobredotados e os não sobredotados. Um Q.I. de 130 ou superior, demonstrado em testes específicos, determina que a criança é excepcional.


Com a aceitação da teoria das inteligências múltiplas passou a entender-se que há mais factores envolvidos na sobredotação do que apenas um elevado Q.I. A sobredotação pode então exprimir-se em áreas que não são susceptíveis de ser medidas no espaço limitado de um gabinete de psicologia. Por vezes, este entendimento mais alargado conduz a confusões com o conceito de talento.

De facto, talentoso é o indivíduo dotado de uma habilidade especial muito desenvolvida numa actividade socialmente reconhecida (de âmbito técnico, artístico, científico ou profissional). O talento para a escrita, a matemática, o desenho, a dança ou a oratória deve-se a sobredotação? A destrinça entre os dois conceitos deve ser feita para que a criança dotada possa ser devidamente apoiada no desenvolvimento das suas potencialidades. Os talentosos devem ser inseridos em escolas ou programas de ensino em que possam melhorar as suas habilidades. O talentoso excepcional é chamado de criança-prodígio.


Assim, entende-se que o prodígio é aquele que é especialmente muito talentoso para a sua idade numa área. Ele deve ser capaz de revelar talento a um nível similar ao de um adulto, dedicar-se quase obsessivamente à área de seu interesse e produzir bastante trabalho. Os prodígios são crianças excepcionalmente precoces em algum tipo de habilidade. São muito raras.
Finalmente, o génio. Os dons de um génio não se atribuem propriamente a um talento em especial mas a uma combinação afortunada de vários factores intelectuais, motivacionais e ambientais. Pode ainda acrescentar-se que o génio é um fenómeno caracterizado por um nível de rendimento excelente e criador, altamente produtivo na sua área de envolvimento. É sempre um indivíduo com uma elevada inteligência, persistência e criatividade. A classificação está apenas reservada a adultos com provas dadas de genialidade numa ou mais áreas (ciência, literatura, etc.).


Um sobredotado já nasce diferente!
Algumas pessoas acreditam que com condições favoráveis e estimulação adequada qualquer criança pode atingir algum nível de sobredotação, talento ou prodígio. Partem do princípio que um ser humano normal dispõe, ao nascer, de estruturas (biológicas e psicológicas) que o tornam susceptível de ser elevado ao nível de sobredotação através da influência do meio, o que não é verdade. Todas as crianças nascem com mais ou menos potencialidades mas algumas, por razões genéticas, estão melhor preparadas para superarem a maioria das outras mesmo quando a estas se proporcionem as mesmas condições e os mesmos estímulos.