Blogue de NELSON S. LIMA

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Pode medir-se a inteligência?

Quando os testes de Q.I. assustam
"Quando eu era aluno da escola primária fracassei miseravelmente nos testes de Q.I. a que me submeteram. Os testes angustiavam-me terrivelmente. O simples facto de ver que um psicólogo da escola entrava na sala de aula para fazer um teste originava em mim um ataque de pânico. Para mim, o jogo de testes estava terminado antes de começar. E sempre com o mesmo resultado: a minha derrota. Na prática, fracassas no teste e perdes o jogo se, em consequência do exercício, passas a ser conhecido como "parvo". Não é preciso ser um génio para imaginar o que acontece a seguir.
Ninguém espera demasiado de um imbecil. Não há dúvida de que os meus professores dos primeiros anos da escola primária não esperavam muito de mim. E eu, como muitos dos alunos, desejava fazer-lhes a vontade. De modo que lhes dava o que estavam à espera".
Confissão de Robert J. Sternberg, nascido em 1949, nos Estados Unidos. Viria a tornar-se num dos mais conhecidos e reputados especialistas em Psicologia da Inteligência! Foi presidente da American Psychological Association. É membro dos quadros editoriais de numerosas publicações científicas. Possui um doutoramento da Stanford University e nove títulos de doutor honoris causa.
É autor da conhecida Teoria Triárquica da Inteligência. Apesar de ser um académico, não tem receio de afirmar coisas como "as universidades tradicionais não deveriam treinar os alunos para ser enciclopédias ambulantes".

Inteligência bem sucedida (ou a inteligência triunfante)
Na verdade, os testes de inteligência têm, sem dúvida, uma grande utilidade para descobrir atrasos muito sérios, ou algumas deficiências pontuais, mas são menos úteis para avaliar as capacidades da inteligência da vida real.
Segundo o famoso pedagogo espanhol J. A. Marina, devemos distinguir dois modos diferentes de inteligência: uma, a inteligência estrutural, estrictamente cognitiva e relacionada com o pensamento, a aprendizagem e a elaboração mental e, outra, a inteligência prática.
Assim, J. A. Marina entende que, do ponto de vista educativo, prático, ético e político, parece-lhe mais importante falar de "personalidade inteligente", isto é, das que se comportam inteligentemente.
O exemplo de Robert Sternberg aponta-nos no sentido de uma inteligência bem-sucedida: ela junta a capacidade de racionar, aprender e tomar decisões. É uma personalidade inteligente!