Blogue de NELSON S. LIMA

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DE ONDE VEM A SOBREDOTAÇÃO?

O seguinte artigo traz para primeiro plano algumas questões que muitas pessoas consideram ainda sem resposta convincente, nomeadamente a génese da sobredotação. Afinal, o que é que faz com que 3% da população seja sobredotada e alguns excepcionalmente sobredotados? Os defensores da Conscienciologia dizem que a sobredotação não reside apenas numa excepcional estrutura do cérebro. Neste artigo (adaptado) do jornalista Daniel Muniz fala-se de algo mais. 

"O indivíduo sobredotado é alguém com inteligência além da média em uma ou algumas áreas (altas habilidades). Nos estudos da sobredotação, os especialistas da ciência convencional, restricta à materialidade, "acreditam" que a genética contribua com 50% das capacidades, inteligências, sobredotações e até genialidades de qualquer indivíduo.

Supõe-se que existam diversos genes envolvidos na formação das capacidades, talentos, habilidades e potencialidades. A palavra suposição cabe aqui justamente pelo facto de não se conhecer esses genes até o momento. Apesar desta suposição, a genética deveria demonstrar altas capacidades vindas de outros indivíduos da família, próximos ou distantes, do indivíduo genial, mas não é esta a realidade. Portanto, ao que tudo indica, comprar genes de gênios não garante crianças igualmente geniais.

Ainda quanto às pesquisas da ciência convencional, os outros 50% responsáveis pela formação tanto do génio quanto do indivíduo medíocre estariam ligados, ou seriam dados, pela relação do indivíduo, homem ou mulher, com o meio. Nos estudos da mesologia são inúmeras as possibilidades de contactos a serem realizados e os aprendizagens advindos deles. Porém, uma criança precoce, sobredotada, não teve tantos contactos assim, na vida actual, para formar suas altas habilidades, sua sobredotação ou sua genialidade.

O cérebro humano possui cerca de 100 mil milhões de neurónios. O diferencial, no caso das sobredotações está na quantidade de conexões entre os neurônios. Este diferencial vem da quantidade de conexões estabelecidas entre as células nervosas do cérebro (neurónios). Quanto maior a quantidade de conexões, em diferentes áreas de especialização, maiores as possibilidades de associações originais de idéias.


Isso quer dizer, obviamente, que a pessoa que quiser pode, ao longo do tempo, "exercitar" o cérebro de diversos modos. Uma ou mais inteligências superdesenvolvidas, ao que tudo indica, surgem do esforço e do suor da consciência que buscou aprender e experimentar, auto-formando-se, ao longo de múltiplas vidas. Este é o esforço contínuo e, para quem não se considera sobredotado ou superinteligente, deve começar o quanto antes.
 

O ideal, neste caso, será superar inclusive a monodotação: a inteligência muito desenvolvida em apenas uma área, buscando, ao máximo que seja possível, desenvolver todas as potencialidades pessoais visando a polivalência e a polimatia.

Algumas condições que contribuem para ganhos nesta área novos hábitos de pensar, exercício da memória, desenvolvimento da atenção, busca da clareza na interpretação de informações e do estabelecimento de raciocínio interpretativo e crítico (discernimento).

 
Informações para isto não faltam. Aliás, é preciso filtrar o que é prioritário para evitar a dispersão e a perda de tempo com informações inúteis, fúteis ou apenas mercantilistas. Sempre conta mais o desenvolvimento da maturidade.


Mas, por que uma criança estabelece mais conexões do que outras em 3 ou 4 anos, contando os meses da gestação, em um cérebro novo?

 
O conceito conscienciológico de paragenética ajuda a pensar e buscar uma compreensão mais ampla neste tipo de caso. Em Conscienciologia, a paragenética é a especialidade que estuda a genética composta e integral, adstricta a todas as heranças da consciência, através das experiências adquiridas em vidas intrafísica anteriores e em períodos extrafísicos entre estas vidas.

A paragenética compõe-se destas informações, armazenadas:
1. No psicossoma (corpo emocional, extrafísico);
2. No mentalsoma (corpo mental, sede extrafísica da consciência).

O psicossoma e o mentalsoma são os corpos que registram as experiências e fixam as características que influenciarão a nova genética desde o momento da formação do novo corpo.


Pela Hipótese da Serialidade Existencial (múltiplas vidas), o psicossoma e o mentalsoma são os mesmos ao longo das múltiplas vidas, carregando em si as capacidades, potencialidades e aprendizados adquiridos.


Entre outros atributos, atribui-se à paragenética: elegância pessoal, refinamento nas atitudes, bom gosto, vocação profissional, carisma, estilo de manifestação, nível de cosmoética, índole ou carácter.


Estatísticas indicam que, em qualquer país, independente da condição económica, nascem, em média, 3 sobredotados a cada 100 pessoas.


Vejamos então 10 características da personalidade sobredotada:

- Humor aguçado;
- Pensamento abstracto precoce;
- Curiosidade intensa;
- Rapidez para aprender;
- Independência de idéias e atitudes;
- Gosto por desafios;
- Poder agudo de observação;
- Vocabulário inusitado para a série escolar ou idade;
- Persistência nos objectivos;
- Constância destas características ao longo da existência.

Sobredotação, no entanto, não é um indicador e alta maturidade e sim de alta habilidade em certo contexto. Verifica-se, por exemplo, que é preciso dar atenção especial ao sobredotado, ou à sobredotada, pois pode ocorrer de esta personalidade, às vezes brilhante em alguma área e actuação intelectual, viver com carências afectivas e dificuldades no convívio social. Na história da humanidade encontram-se casos de personalidade com altos potenciais e genialidade em certa área e grandes "brechas na maturidade" em outros contextos, como por exemplo estes 4:


Albert Einstein é conhecido pela desorganização pessoal (por exemplo a financeira); tabagista, afirma-se que chegava a pegar pontas de cigarro na rua para cultivar o vício.
Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução das Espécies, era considerado tímido (acanhamento), talvez pelo receio quanto à exposição de suas idéias, evitando-se assim indispor-se junto à Igreja.
Isaac Newton, criado sem pai e longe da mãe, era considerado de personalidade fechada e agressiva.
Sigmund Freud, em função do seu vício (tabagismo), desactivou o corpo físico devido a um câncer na boca (efeito) com o qual conseguiu conviver por algum tempo graças ao uso da cocaína como analgésico.


Também é comum encontrar sobredotados que creditam seus potenciais a um "dom" oferecido por uma entidade fora e si mesmo.


Uma outra possibilidade, a nosso ver mais interessante, é buscar o estudo a respeito da quantidade de vidas dispensadas ao desenvolvimento daquela habilidade específica. E mais, verificar se a facilidade em determinada área não está causando acomodação evolutiva.


Afinal, a evolução pessoal consiste, ente outros aspectos, em aprender e melhorar-se naquilo que não se sabe bem ainda, e não apenas em repetir o que já se sabe".


Texto de Daniel Muniz
Jornalista e professor

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUE, Christiana; Esperança na cabeça: Encontro de especialistas vai debater a contribuição de superdotados para o mundo; Revista Época; Semanário; Secção: Educação; Editora Globo; São Paulo - SP, 24.08.1998, p.76-77.
CAVALCANTE, Rodrigo; Pimpolhos sabidos; Revista Superinteressante; Mensário; Secção: Curiosidade; Editora Abril; Ano 15; N. 03; Ed. 162; 04 ilus.; Março/2001; São Paulo - SP; p. 70-75.
FERRARO, Tânia; Superdotação e aplicabilidade de talentos pessoais; Anais da II Jornada de Educação Conscienciológica; Editora IIPC; Rio de Janeiro - RJ; 2003, p. 107-117.
HORTA, Luiz Paulo; De genes e de gênios; O Globo; Diário; Seção: Opinião; Editora Globo; Rio de Janeiro - RJ; 2a ed.; 14.02.2001; p. 07.
MELLO, Mariana; Gente como a gente; Revista Superinteressante; Mensário; Secção: Curiosidade; Editora Abril; Ano 15; N. 03; Ed. 162; 04 ilus.; Março/2001; São Paulo - SP; p. 64-67.
VIEIRA, Waldo; 200 Teáticas da Conscienciologia; Editora IIPC, Rio de Janeiro - RJ; 1997; p. 153.
INFOGRAFIA:
CARELLI, Gabriela; O gênio da vez: O superdotado americano de 13 anos já terminou a faculdade, criou uma fundação internacional e foi indicado para o Nobel da Paz; Revista Veja; Semanário; Editora Abril; São Paulo - SP; Ed. 1.800; 30.04.2003.